Penso sobre os cumprimentos que fazemos aos outros, quando nos cruzamos na rua, no café, onde for. Já não falo dos conhecidos, mas dos amigos. Quando lançamos um "Tudo bem?", a que nos referimos? À família, à faculdade, à estabilidade emocional? Ao gato, ao piriquito? A quê? Tendemos a generalizar e raras são as vezes em que nos retribuem com mais do que um simples "Tudo bem!", mesmo quando as coisas estão tudo menos bem. Na generalidade, parece-me que as pessoas perderam a capacidade e a paciência para ouvir os outros, deixaram de ter espaço nas suas vidas para conversas consistentes, para se descentrarem um pouco de si mesmas. Simples e aparentemente, já não se permitem a isso.
Não sei se sou eu que estou errada, mas definitivamente não me fico pelo "Tudo bem!". Faço parte do grupo daquelas (raras) pessoas que quando nos perguntam como estamos, esperam uma resposta.
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