Tuesday, September 30, 2008

A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua.

Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.

Monday, September 29, 2008

Prefiro lutar e não ganhar nada do que ficar a pensar nos "ses".

"Of all the things I question in life, I have one answer in my mind.

What you need is that one person who keeps you going, that one person who manages to take all the pain away. It amazes me that the one person who stays with you through everything, makes you forget all about the others who didn't. A single soul out of the billions in the world can make you feel like you are the world. Life is only worth living if there is someone worth living for. You need that someone who fills the empty space in your heart, someone who lets you know you're so much more than enough."

Há bocado.

assim de um momento para o outro, fixei o tecto e tomei uma decisão - talvez a mais importante da minha vida. decidi não me prender ao orgulho das coisas escuras, não pensar no que vem a seguir, sorrir para sempre, não evitar as melhores emoções por saber que ainda são efémeras e depois dói perdê-las, fazer tudo com pouco, mais com menos.

[in http://gxxvn.blogspot.com/]

Friday, September 26, 2008

Gosto de ouvir música de olhos fechados.

Mas gostava que soubesses que já gosto muito de ti, embora ainda não tenha tido tempo de saber o que é isso de gostar muito de ti.

Não faz mal, logo se vê. Não, o que me assusta mesmo muito, quase terror por vezes, e depois não poder voltar atrás, tão simplesmente como quem põe uma fita de cinema a rebobinar. Quero dizer, depois de começar a gostar de ti como gosto, já não consigo desfazer isso que se fez, sei lá o que, o que tu quiseres, isso tudo, o que nos traz juntos ate aqui, se tu quiseres.

[Pedro Paixão]

É tão estranho conhecer uma pessoa.

Tão difícil que parece impossível. Não existir e passar a existir: uma pessoa inteira, um mundo inteiro. Onde caberá um mundo inteiro neste mundo pequenino? Como é que se consegue? Como é que se faz?

[Pedro Paixão]

O sorriso.

Creio que foi o sorriso,
sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nú dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.


[Eugénio de Andrade]

Thursday, September 25, 2008

Às vezes sinto que os anos me passam ao lado.

outras vezes que me passaram por cima, é conforme...!

[M.R.P.]

Tuesday, September 23, 2008

Estado permanente de flor.

E se você desejar me conhecer...
Vou te ensinar o itinerário...
Primeiro, esqueça o horário...
Liberte-se das capas, mapas e mentiras...
e ria junto comigo...
Não gosto de formalidades, muito tato que leva às meias-verdades...
Serei sempre do tamanho que você me enxergar...
Porém...veja-me como sou,
não diga que tenho valor se você não me dá o devido...
Não sou de vidro, não quebro à toa...
Na boa, trata-me com a intensidade necessária
e não me faça de deusa...
se você não consegue vê-la em mim.
Meu pedido, meu recado e tudo que preciso
está escrito no tempo...
Vento...calmarias e nada mais pode apagar isso...
O que preciso é de eternidade...
Sendo assim...aprecie o que te ofereço de coração...
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão...
e ache minha beleza...
Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.



[Karla Bardanza]

Monday, September 22, 2008

Independent Love Song.

Sou mulher de (uma) palavra e meia.

Tenho o verde secreto dos teus olhos, algumas palavras de ódio, algumas palavras de amor.

O tapete que vai partir para o infinito esta noite ou uma noite qualquer.

The art of Losing.

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

...Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.


[Elizabeth Bishop]

Sunday, September 21, 2008

Uma boa memória é útil.

mas também o é a capacidade de esquecer.

Só há dois tipos de problemas:

os que o tempo resolve e os que nem o tempo resolve.

[Margarida Rebelo Pinto]

Thursday, September 18, 2008

What if i were smiling and running into your arms?

Would you see then what i see now?

Quem bem te faz amar faz-te chorar.

[Inês Pedrosa in Fazes-me Falta]

Tudo aquilo de que duvidamos é possível.

Se a guerra se faz com mísseis, não adianta cansarmo-nos a atirar-lhes pedras.

[Inês Pedrosa in Fazes-me Falta]

Um (meu) modo de vida:


[Foto de Egídio Santos]

Não tenho pena de ter o coração fechado, é muito mais fácil viver assim.

De vez em quando abro um pequeno compartimento e alguém entra, mas é só para espreitar, nunca fica muito tempo...

A palavra de ordem é construção.

E devagarinho. Não gosto de quem aparece de um dia para o outro. É como um castelo de areia: se pusermos areia, calcarmos, mais um bocadinho de areia, fica mais sólido. Podemos (então) construir alguma coisa sobre isso.

Porque os outros se mascáram mas tu não.

Porque os outros usam a virtude para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem e os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros sao hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos e tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

[Sophia de Mello Breyner Andresen]

Vem por aqui!

...dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

[José Régio]
'Danças no meu peito, ainda'.

Longe da vista.

Perto do coração.

Nadie nos pertenece.

salvo en el recuerdo.

She dreams in Colours, She dreams in Red....


[O meu sorriso, quando estou feliz, acredito que possa ser o melhor do mundo...!]

Wednesday, September 17, 2008

Um homem tem de criar raízes e não pode ser feliz a vida inteira em salas de embarque de aeroportos.

[Margarida Rebelo Pinto]

As segundas escolhas são para os vencidos da vida, para aqueles que já perderam a força de sonhar e de lutar.

quem quer mesmo o melhor não desiste, joga os noventa minutos, vai a prolongamento e aguenta todos os campeonatos que forem precisos até conquistar a taça.

[Margarida Rebelo Pinto]

Tuesday, September 16, 2008

Amor é não haver polícias.

The faith shall set me free.

Set me free, free...

É melhor morrer de pé do que viver ajoelhado.

Quero brilho dos olhos.

e viragens repentinas do irredutível, viagens ao outro lado do mundo por apenas um fim de semana, amor de rebentar botões de camisas, cafés olhos nos olhos e gargalhadas cúmplices. Quero sorte das estrelas, passos firmes, e o teu cheiro para sempre no meu cabelo.

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Thursday, September 11, 2008

Devemos fazer da interrupção, um caminho novo.

Da queda, um passo de dança.
Do medo, uma escada. Do sonho, uma ponte. E da procura, um encontro.

[Fernando Pessoa]

I call myself a Peaceful Warrior.

...because the battles we fight are on the inside.

Acabar à homem.

"Há uns tempos a Joana
- Pai, acabei um namoro à homem
Perguntei como era acabar um namoro à homem e vai a miúda
- Disse-lhe o problema não está em ti, está em mim
o que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
- Já não gosto de ti
- Não quero mais
chegam com os discursos vagos, circulares
- Preciso de tempo para pensar
- Não é que não te amo, amo-te, mas tenho de ficar sozinho umas semanas
ou declarações do género de
- Tu mereces melhor do que eu
- Estive a reflectir e acho que não te faço feliz
- Necessito de um mês de solidão para sentir a tua falta
e aos amigos
- Dá-me os parabéns que lá me consegui separar da chata
- Custou mas foi
- Amandei-lhe aquelas lérias do costume e a gaja engoliu
- Chora um dia ou dois e depois passa-lhe
e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas, nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar (chichi, sede, fome, a janela de que se esqueceram de baixar o estore)
ou fingem que dormem porque não há paciência para abraços e festinhas, pá, e a respiração dela faz-me comichão nas costas, a mania de ficarem agarrados à gente, no rónhónhó, a mania das ternuras, dos beijos, quem é que atura aquilo? Lembro-me de um sujeito que explicava
- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo
e depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. O Dinis Machado contava-me de um conhecedor que lhe aclarava as ideias
- As mulheres têm fios desligados
e um outro elucidou-me que eram como os telefones: avariam-se sem que se entenda a razão, emudecem, não funcionam e o remédio é bater com o aparelho na mesa para que comecem a trabalhar outra vez. Meu Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
- Já não gosto de ti
se informam
- Não quero mais
aí estão eles a alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte, a ameaçarem matar-se, a perseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores eles que nunca mandavam flores, a colocarem-se de plantão à porta dado que aquela puta há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-gagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, Che Guevara ou eu, e eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhes caia na sorte um caramelo que passe à frente delas nas portas, nãos lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persiana-mal-descida-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(para citar noventa por cento dos escritores portugueses)
- O problema não está em ti, está em mim
a mexerem na faca à mesa ou a atormentarem a argola do guardanapo, cobardes como sempre. Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Schubert. De Ovídio. De Horácio, de Virgílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde, idiota, desonesto.
Fui
(espero que não muitas vezes)
rasca. Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. O problema não está em ti, está em mim, que extraordinária treta. Como os elogios que vêm logo depois: és inteligente, és sensível, és boa, és generosa, oxalá encontres etc., que mulher não ouviu bugigangas destas?
Uma amiga contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
- Mereces melhor do que eu
levou como resposta
- Pois mereço. Rua.
Enfim, mais ou menos isto, e estou a ver a cara dele à banda. Nem uma lágrima para amostra. Rua. A mesma lágrima para amostra. Rua. A mesma amiga para uma amiga sua.
- O que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
- Manda-lhas. Pode ser que lhe façam falta.
Fazem de certeza: é só copiar mudando o nome. Perguntei à minha amiga
- E depois de ele se ir embora?
- Depois chorei um bocado e passou-me.
Ontem jantámos juntos. Fumámos um cigarro no automóvel dela, fui para casa e comecei a escrever isto. Palavra de honra que na janela uma árvore a sorrir-me. Podem não acreditar mas uma árvore a sorrir-me."

[António Lobo Antunes In Visão]

Aquilo que eu procuro não vem em nenhum catálogo...

Wednesday, September 10, 2008

O amor é vontade.

já dizia Sá de Miranda, poeta petrarquista.
Quando uma pessoa se quer apaixonar apaixona-se mesmo, ainda que por um sapo, desde que ele esteja disponível. A ocasião faz a paixão e quem feio ama bonito lhe carece.

[M.R.P.]

O Cemitério dos Poetas.

Há pessoas que põem palavras nos nossos sentimentos. Parecem-se com os poetas. Mas depois, de surpresa, abandonam os nossos sonhos pé ante pé ou de “pantufas”. Não sei... Na verdade, decepcionam-nos (devagarinho) e, quando damos por isso, apagam-se dentro de nós. Deixam de ser preciosas e, por tudo o que valeram, não podem voltar a ser só (!) nossas amigas. Partem para uma “terra de ninguém”, muito distante do sítio onde vivem os génios da lâmpada, o Pai Natal, as fadas e os duendes. E por lá ficam. Mais ou menos errantes.
Imagino esse lugar, onde se acotovelam tantas pessoas que nos disseram tanto, como um Purgatório, com a particularidade de lá não se ser promovido, com facilidade, até ao Céu. É verdade que essas pessoas não se transformam num inferno dentro de nós, embora, por vezes, surjam, ora como um vulto ora como uma silhueta ou, até mesmo, como uma estrela cadente que, atravessando o nosso coração, já não provoca um arrepio (muito menos, um calafrio, que são aqueles sentimentos impetuosos que nos desabotoam a cabeça e nos deixam a arder de paixão e a tremer de medo, ao mesmo tempo).
Afinal, não são nem amigos nem amores. Transformam-se num museu? Numa arqueologia de todos os amores, por exemplo? Às vezes, nem isso. Infelizmente. Se fosse assim, estáticas, empoeirados, seguravam-se no nosso coração. O que não acontece às pessoas que foram perdendo a magia...
Este “não sei onde” é uma espécie de cemitério de poetas dentro de nós. Um lugar de silêncio que convida a espreitar para o que sentimos. Com surpresa e com dor, ao descobrirmos que, ao contrário do que sempre desejámos, há relações – luminosas - que foram morrendo para nós. Às vezes assusta. Afinal, não é simpático descobrirmos que mora em nós alguém que, não sendo o Capitão Gancho, tenha ajudado a morrer quem trouxe poesia, ou luz, ou um insustentável rebuliço ao que sentimos... Às vezes, atormenta. Porque magoa descobrirmos que – mesmo quando nos imaginamos a dar a sala mais espaçosa do nosso coração - também nós, dentro de algumas, vivemos sem viver, errantes, nesse “não sei onde” de alguém, entre os seus amigos e os seus amores. Às vezes ainda, somos tocados pelos galanteios da vida e, levados pelo entusiasmo, imaginamos que, se desejarmos com muita força, algumas das pessoas que guardamos no nosso cemitério de poetas ressuscitam e regressam, cheias de luz, para surpresa do Pai Natal ou das fadas. Eu sei que também entre as pessoas há quem pareça mágico mas intocável. Como eles. Mas: esse é o cais de embarque que, de surpresa, nos pode levar (sem volta) para o cemitério dos poetas.


[Eduardo Sá]

Monday, September 8, 2008

Great dancers are not great because of their technique.

they're great because of their passion!

[Martha Graham]

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora! Soltar! Desprender-se!

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos....

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és....

E lembra-te:

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

[Fernando Pessoa]

Sunday, September 7, 2008

A esperança.

"A esperança desponta precisamente quando o espírito descai, quando a emoção se esvazia, quando a firmeza se apaga, quando a vontade murcha. é nessa altura que se chega à Esperança. A Esperança é esperar, é estar longamente, lentamente e continuamente à espera. A Esperança é perder o sonho e a ânsia, é perder a aspiração e o desejo e, apesar disso, confiar, acreditar, continuar à espera. Esperar todos os dias, como no dia anterior."

É tempo de ir sem pensar em voltar.

Tempo de ir. Apenas ir. É tempo de rir. Rir da vida. Rir de nós. Rir de tudo. É tempo de não fazer nada. É tempo de fazer tudo. É tempo de viver.

in 3 words i can resume everything i've learned about life:

it goes on!

Escreve na areia aquilo que dás.

grava numa rocha o que recebes.

Alma de pássaro.

És um pássaro livre. [Vou deixar a (minha) gaiola aberta.*]

Friday, September 5, 2008

Nunca receies a adversidade:

lembra-te de que os papagaios de papel sobem contra o vento & não a favor dele!

God is a DJ.

Life is a dancefloor, Love is the Rhythm and You are the music!

Tuesday, September 2, 2008